Às vezes somos como tintas
Expostas ao relento
Sofrendo os desgastes do tempo
Pousando como arte envelhecida
Retratada na parede
Quase em extinção
Mas, nossa presença persisti
E nossa essencia insiste
Em revelar o que havia
De destaque em nós.
Nosso inédito efeito.
-És lobo?
-Não, sou louco!
-És selvagem?
-Diria, considerar-me predador!
-Sua mordida és fatal?
-Como fatal és o gosto de teus lábios carnudos!
-Diga-me, o que queres comigo nesta selva sem fim?
- Explorar cada milimetro até me perder e não mais me achar!
-Mas, somos da mesma cadeia alimentar!
-Sim, por isso, escolhi você...
Para devorar-te, enquanto sou devorado
Até que aquela que tinha mais medo
Foi a primeira á se saciar.
E o que tinha mais fome
O primeiro á morrer de paixão!
Aquela era uma loba alfa
Que se fez de presa
Em pele de ovelha
Para devorar
Um ingênuo predador.
Como o ditado diz:
'Um dia da caça, e o outro do caçador!"
- Edson Junior
Ninho, em Dança da Matilha.
Nossa , intenso e prazeroso ler teus escritos, lindo e real.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa e que essa inspiração nunca lhe falte.
Tracy você não imagina quanto seu apoio me inspira. Eu irei me dedicar mais ainda em lapidar e tentar aperfeiçoar esta historia até que ela se torne irresístivel.
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