É tarde, todos se perguntam.
Porque o heroi se foi?
Aquele que deu a vida.
Teve a mesma roubada.
O mestre morreu.
Do madeiro não desceu.
Nada de milagroso aconteceu.
Ninguém sabe se irá voltar.
Aquele que lavou pés de servos.
Foi pelas mãos do povo humilde.
Para morte entregado.
Foi por muitos, humilhado.
Padeceu na mão de soldados.
Cuspiam em seu corpo quase nu.
Debochavam da ocasião e do luto.
Eles riram da dor. Eles riram da Cruz.
Dançavam nas trevas.
Zombavam da Luz.
Assassinaram o Verbo.
E ainda sentiram prazer no crucificado?
Homens sem compaixão. Açougueiros desalmados.
Humanos alucinados, não há no meio de vós
Ninguém que possa ser chamado de honrado?
Chora Maria, abrace teu filho que da cruz desceu.
Chore João. sinta nas entranhas, teu Mestre morreu.
Dores aos mais próximos.Tristeza aos mais distantes.
Sentimento de perplexidade. Enquanto culpa recai sobre nós.
Ninguém vinga a impunidade. Quando o luto precisa lamentar.
Ninguém reclama ser injustiça. E a saudade começa apertar.
Por qual causa prosperam os perversos sobre nós?
Qual motivo do silencio dos inocentes?
Nas ruas, uma multidão confusa.
De um lado a maligna satisfação confunde a gente.
Do outro, culpa, sobre todos que haviam pecado.
Morreu o Rei do Judeus.
Quem olhava para o chão.
Imaginava as cenas do terror.
Quem para o céu olhava.
Gritava e levantava um clamor.
Alguns precisavam serem fortes.
Pegaram o corpo do Mestre.
Sentiam o cheiro do sangue.
Tremiam diante da morte.
Sentiam um nó na garganta.
Provavam o amargo da vida.
Nada, daquilo parecia real.
Nada. aquilo não era normal.
E Levaram para cova.
E Levaram para cova.
Trilharam um longo caminho.
Colocaram dentro da rocha.
Dorme a Pedra Eternal.
Sonha tua ressurreição.
Grita teu sangue no abismo.
Triunfe sobre a morte fatal!
Há quem diga, que choveu naquele momento.
Talvez fossem os anjos e seus lamentos.
Talvez, fosse o próprio Deus emocionado.
Foi grande a perda terrena. Enorme o amor divinal.
Poderia acabar com tudo, se sua ira acendesse.
Podia permitir o dilúvio outra vez se quisesse.
Podia permitir o dilúvio outra vez se quisesse.
Podia ordenar fogo dos céus sobre pecadores e infiéis.
Com Poder é concedido variadas vinganças, mas, não fez.
Com Poder é concedido variadas vinganças, mas, não fez.
Vingança não diminuiria a dor de quem perdeu o Mestre.
Sacrifício importante demais. O fim não deveria ser banal.
Portanto, não reage assim, um Deus que é amor.
Responde ao pedido do filho ainda na cruz.
Não impute condenação ao povo, perdoa à dor.
Aceita que a multidão errante, não conhece a Luz.
No coração de João há um deserto.
Está seco, depressivo, inconformado.
Não consegue falar. Sem Jesus por perto.
Não sabe por onde começar.
Não possui forças para recomeçar.
Aprendeu tão bem a ser aluno.
Que não consegue ser mestre sobre si.
No peito a dor de lembrar
Dos pregos cravando as mãos do Messias.
Dos pregos cravando as mãos do Messias.
Fúria, ao olhar que tudo lhe lembra.
Imagina quanta saudade sentia?
João lembra, que perdeu um irmão.
Mas que ainda possui mãe pra cuidar.
Se dirige a Maria, sem palavra dizer.
Lhe abraça apertado. Sua alma á gritar.
Se arrepiam, sem nada conseguir falar.
Na sexta, João sofre a paixão.
No sábado, aguarda Aleluia.
No domingo, clama ressurreição.
É quando lembra da promessa.
Para Maria corre à contar.
Vamos, retornar a cova.
Teu filho dizia ressuscitar!
É hoje Maria? Sim é hoje João.
Minha mãe, que se cumpra a promessa.
É meu desejo também João.
Conservemos nossa fé acesa.
Vem vamos a noite iluminar.
Se é o terceiro dia da morte.
Então, esperança, ainda há.
Chegam, avistam um anjo que diz.
Por que procura entre os mortos?
Aquele que ressuscitado está!
Eles pulam, se abraçam.
Festejam. Celebram sem nada entender.
Entram, pegam as vestes.
O mestre não está mais ali.
Correm de um lado para o outro.
Brincam no temporal.
Não sabem se riem para o céu
Não sabem se choram pela terra.
Gritam o mestre não está aqui!
Cristo ressuscitou!
Muitos tornam a vida.
Ninguém entende o que está acontecendo.
Mas, todos sentem,
Algo mudou no ar.
A presença D'Ele parece mesmo ali.
Até que no caminho de Emaús.
Todo lodo envolvente é lavado.
O Mestre aparece a discípulos
De corações desesperançados.
Logo sentem a esperança
Se lançam como raio e trovão.
Aquecem almas famintas.
Queimam, tamanha satisfação.
Sim, essa voz é do Mestre.
Messias e Rei dos Judeus.
Ele levantou dos mortos.
Vieste ao resgate dos seus.
Apareceu esta noite pra gente.
Para que maravilhas pudéssemos lembrar.
Pega papel, pega à pena, molhe na tinta.
Reviver é também recordar.
Conta de três pães e dois peixes.
Alimentando á fome das multidões.
Lembra que se multiplicaram.
Proezas diante de nós.
Anuncie que o Mestre está vivo!
Anuncie que Judas não encontrou.
Anuncie que foi ao encontro de Pedro.
Anuncie que ainda não retornou.
Prepara Tomé tua alma.
Calma, se é pouca tua fé.
Vem João e se lança.
Aos braços de quem,
só ele sabe quem É.
Não chores mais joão.
Estou vivo. Estou aqui.
Provei do teu amor que é sincero.
Dádivas farei no porvir.
Escreve tu sobre o Apocalipse.
Um dia a justiça brilhará nos céus.
Caia sobre a terra como chagas.
Punição por se acumulares erros seus.
Oh! Humanidade perdida.
Entenda a mensagem que vim trazer.
Ame teu próximo como a ti mesmo.
Me ame sobre tudo antes que venha o anoitecer.
Pra que não seja tarde demais.
Pra que em guerras não precisem sofrer.
Abandonem todos os vícios.
Cuidem melhor do nascer.
Crianças são o futuro de tudo.
Delas será o Reino dos céus.
Escreve João, em uma ilha qualquer.
Escreve que novos céus e nova terra irei preparar.
Escreve que enquanto o tempo não chega.
Escreve, para todas pessoas.
Escreve que é preciso amar!
Páginas envelhecidas do Tempo
Ponta hábil da pena.
Ligeira escreve futuro.
Com calma retrata passado.
Tesouro e mistério enterrado
No chão da ilha de Patmos.
Quem ler suas mensagens sagradas
Nem imagina o quanto chorou seu autor.
Chorou Jesus. Chorou Maria. Chorou João
Chora o povo, chora você, e choro eu de novo.
No novo mundo, nosso próximo lar.
Não vejo a hora de parar de chorar.
Escreve que é preciso amar!
Páginas envelhecidas do Tempo
Ponta hábil da pena.
Ligeira escreve futuro.
Com calma retrata passado.
Tesouro e mistério enterrado
No chão da ilha de Patmos.
Quem ler suas mensagens sagradas
Nem imagina o quanto chorou seu autor.
Chorou Jesus. Chorou Maria. Chorou João
Chora o povo, chora você, e choro eu de novo.
No novo mundo, nosso próximo lar.
Não vejo a hora de parar de chorar.
Ninho, versão Discípulo
Tom, Em lágrimas.
👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMuito obrigado.
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