Pobre quer dinheiro. Rico quer poder. Pobre, veste roupa cara. Rico, veste roupa boa. Pobre, quer comer em quantidade. Rico, quer saborear qualidade. Pobre, quer férias, para descansar. Rico, quer licença, para se cansar mais ainda, em viagens ou passeios. Pobres, gasta tudo que tem. Ricos, investem, parte do que possuem. Pobres, elegem sempre esquerdas. Ricos, elegem representantes de intenções próprias. É aqui, que destinos de ricos e pobres, se cruzam, mas, ainda há antagonismo.
Brasil, meu brasil, brasileiro. Povo forte, estrangeiro. Forasteiro, da própria terra. Terra de guaranis, e tupinambas. Terra de católicos, terra de evangélicos, terra de espiritas, berço das religiões, também é terra de Ateu. Mas, silêncio, o Estado é Laico! Política e religião não se misturam! É mesmo? Então, por qual motivo o Brasil é católico? Alguns se acham bom demais. Comem sardinha, e arrotam caviar. Nem notam, que caviar, tens tipos e preços para todos os gostos e bolsos.
Voltemos para discutir o antagonismo de ricos e humildes? O Brasil é o país dos elegantes!? O Brasil é o país de todos? Deveria ser... Eu confesso que não sei a verdade: não sei se Lula é ou não dono de um triplex no Guarujá. Como não sei, se FHC é ou não dono de um apartamento na Avenue Foch, em Paris. Entre a verdade límpida e mentiras verborrágicas, existe sempre o dilema do talvez. Onde certo ou errado, só o tempo afirmará, ou não. Depende, do pendulo do poder!
Sei apenas que a presunção de ser dono de um triplex no Guarujá é inequivocamente associada à corrupção e a presunção de ser dono de um apartamento em Paris não tem nada a ver, obviamente, com corrupção. Especialmente se o apê do Guarujá for um tanto novo-rico e o apê de Paris, um tanto elegante. A questão é estética. Posso fazer a questão ficar metafórica. Mas, não quero relativizar demais. E acabar sendo embaraçoso. Não quero ser denso intelectualmente. Quero ser interessante.
Sendo sutil, mergulhe nesta divertida maneira de ver as coisas, sem me dar razão. Imagine... Lula carregando uma caixa de isopor e sendo dono de um barco de lata é uma cômica farofa. Se FHC, carregasse uma caixa de isopor e fosse dono de um barco de lata seria uma concessão à humildade. A questão é classista. Um Odebrecht sentado à mesa com FHC é um empresário rico. O mesmo Odebrecht sentado à mesa com Lula, é um pagador de propina. O que isso tem haver com corrupção?
O buraco é mais embaixo! Não se trata de corrupção. Se trata de um duelo, entre ricos e humildes. Para manter o poder a sua imagem. Maquiado aos seus próprios interesses e satisfação. Mas, burguês de verdade, não sabe ser freguês. É sócio. Todo sócio, quer mais do que possui, para saciar sua parceria com brinde ao sucesso. Estou errado? Estou lúcido ou louco? A verdade, é que nada disto, revela qualquer preocupação com nosso Brasil. O que importa é o poder e a riqueza.
Me dê seu ouro? Lhe dou espelhos. Iludem... Mas, espelhos são vidros, e em algum momento, se quebram. Ninguém quer se olhar por espelhos quebrados. Sentimento de sonhos roubados. É aí, que o angu ou a polenta começa a carroçar. A cada dia que passa, fica tão claro, quanto evidente, que o assunto em discussão, é sobre quem são os verdadeiros donos do poder. A voz das senzalas, das favelas, dos becos e vielas, dos guetos, das morros é a voz assalariada! É a voz do povo?
Povo sem Poder! Povo dominado de novo! Mas, quem é povo? Quem é o povo? Povo são todos!
Os donos legítimos do poder são os elegantes. Aqueles com relação aos quais não interessa saber como amealharam riqueza porque, simplesmente, a riqueza lhes cai bem. A casa grande tem um perfume que inebria toda a lavoura arcaica e sensibiliza até a senzala. É o espetáculo que estamos assistindo. Tudo mais, tudo que não é casa grande, é Lula e os amigos de Lula. Neste sentindo, surge o preconceito. Aquele mesmo preconceito que taxava engomadinhos e seus colarinhos brancos.
Somos reféns de nossas perspectivas e intenções. Assim, se cria a caricatura de seus líderes e sua própria hegemonia. Observem, meus leitores, sem retrucar, reflitam. Vejam como um fraque cai naturalmente bem em FHC. Um fraque assim em Lula, certamente, deve ter sido roubado ou troca de favores. Que lastima, que nos juga pelo que possuímos e não apenas pelo que somos. Mas, isto tem mais haver com o antagonismo duelista entre ricos e humildes, do que com FHC e Lula.
Neste jogo de poder. Nada é novo, já dizia Foucault. Onde sofre o povo assalariado, a classe média convoca sua extinção. Por fim, sobra apenas ricos de menos, e pobres demais. Natural, seria concluir, que se permitir pertencer as estas falácias, fazem de todos nós miseráveis. Pois, não é nossa conta na Suíça ou no boteco do Manel, que irá definir, quem somos como povo. Ricos ou pobres, precisamos sermos Brasil de novo! Um país de todos.
Mas, enquanto o Brasil, for o país apenas dos elegantes. Daquela auspiciosa elegância clássica, racista e preconceituosa deitada eternamente no berço esplêndido do aristocrático século XIX, a revolução e a renovação do século XXI não há de vingar! Acorda gigante! Acorda colossal! Não foge a luta! Não arme o povo com ódio. Mas, lute por amor a pátria. Precisamos retornar a ordem, precisamos progredir! De braços cruzados, assistindo a mesma emissora? Nada muda, se não mudar!
Concluo, com a célebre frase de um grande pensador: " Um homem que não seja socialista aos vinte anos, não tem coração. Um homem que ainda seja socialista aos 40 não tem cabeça.".
- Georges Clemenceau
Por fim, esta guerra entre ricos e pobres, é apenas aquela acirrada disputa de qual panela cozinha melhor. A panela de barro ou a de ferro. No fogão ou na lenha? Se houver choque entre os tais, eu já sei quem se quebra primeiro. O Brasil! Nesta crise, ele se amassa, ou vira cacos. Se não cozinhar direito, pode se queimar todo. Povo torrado e pobre. País rico e corrupto. É preconceito? É realidade?
Quem sabe? Mas, eu arrisco sempre dizer! Que é nossa herança histórica televisiva. Primo rico e primo pobre. O Gordo e o Magro. Negros ou Brancos. Portugueses ou Indígenas. Cristiano Ronaldo ou Messi. PSDB ou PT. Lula ou FHC. Esta polarização adoece nosso amadurecimento. Somos infantis demais. Não existe, um ou outro. Temos que reconhecer a contribuição e o melhor de cada um. Trata-se apenas disto. Não são nossas diferenças, mas, nossas semelhanças, que fará do Brasil um lugar melhor pra viver. Este país carece de voltar a ser de todos!
Ninho, versão, Pobre.
Tom, Nobre.
Carta: Popular, Patriota.
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