Sabe, não se pode medir a dimensão com que as águas de rios e mares evaporam antes que nuvens densas estejam carregadas prestes se derramar como aguaceiro em chuvarada de verão.
Só que seu pingo, sua gota, nunca desce sobre o mesmo lugar. Nunca molha o mesmo solo ou pessoa. Nunca lava o mesmo corpo ou inunda a mesma alma.
A vida de um homem é como águas á escorrer pelos dedos. Quanto mais se agarra a ela, menos tempo você a detém. Novamente imagine-se em um cenário onde você sinta muita sede, você se inclina, ao estar curvado, as vezes se agacha, une a palma de suas mãos como uma concha, e tenta trazer águas a boca, inusitadamente, as águas voltam a escorrer pelos dedos, até que repentinamente suas mãos apesar de molhadas, retornam a estarem vazias. Está água, como símbolo é a vida do homem, não é por acaso, que maior parte de seu corpo é água, e que maior parte do globo terrestre também o seja, a água está intrinsicamente ligada à vida. Está água como vida do homem, concede no oportuno matar da sede, o saciar-se em prol da vida. Só que sem que percebamos, ela permanece a escorrer entre os dedos, até se ir junto com tudo que se tem apreço ou destino.
E as vezes, tudo que você precisa fazer, é pegar um copo, e não permitir que ninguém faça tempestade dentro dele. Você não pode garantir a paz ao mundo, porém, se você reservar-se a experimentar ela em seu próprio ser, ao menos, será uma pessoa a menos a sofrer com as guerras. Pois, bem pior que o sentimento de sede, é a sensação de se afogar.
- Edson Alves
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