quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O NÃO EVIDENTE


Algumas pessoas acreditam em mágicas. Outras em místicos...
Umas depositam fé na realização de suas próprias vontades...
Uma pena pois, quase todos se iludem.

Não sou profeta, tão pouco, sou vidente...
Apenas vejo o que ninguém mais vê...
Eu observo, o não evidente!

E é aqui que tudo começa...

Aprendi desde meus dias como adolescente que...
A franqueza é a base de todo relacionamento.

Apesar disto, sempre me questionei
a razão de tantas pessoas mentirem
umas para as outras. 
Ao ponto, de tentar enganar a si mesmo.

Então, simplesmente fingem estar em uma relação verdadeira.
Com química, com liga, cumplicidade e amalgamento.
Só que sem companheirismo sincero, nada persiste, nem subsiste.
Todo castelo de cartas sempre desmorona. 
Pois, o vento não escolhe onde sopra.
Quando sopra é fatal, o que não é sólido, é liquido.
E líquidos ora ou outra evapora... 

Me permita ser mais claro?

Veja se me entende...

Sustentar as aparências 
Só para garantir o status
O anseio por aprovação alheia.
Esta receita não funciona.
Em algum momento percebemos seu efeito
Melhor dizendo, seu defeito.
Aquela velha sensação de falta
De ausência de algo...

Porque, quando alguém te olha diferente
Não tem como não notar
Você sente algo inusitado, inédito
Se sente importante de verdade
Isso revigora, nos apodera. 
Até que sem perceber, admitimos...
Será que é paixão? Só pode ser amor!

Aí, as cartas do baralho se embaralham
Nossa mente com tantas ideias
Se embaralham também. 
Confusos, custamos admitir.
Não queremos dar o braço a torcer.

Até que ao tentar correr, fugir, negar
Esbarramos na sentença cruel da vida
Ser ou não ser feliz? Eis a questão
Será que vale à pena?

Nossa felicidade não tem preço!
Consegue calcular o preço do amor?

Não sou de discutir tabus

Mas, se amar for crime
Me diga a sentença?
Se felicidade é pecado
Aceito, pois, compensa
Viver taxado como um fora da lei.

Porém, um pecado mortal
Precisa do sacramento da confissão

Antes de me confessar
Convido os anjos como testemunhas

E questiono aos céus

Há maior pecado 
do que permanecer 
tantos anos ao lado
de quem jamais amou?

É crime, ter alguém
Que nunca lhe fez
Se sentir amada?

Então, me perdoe
Os Astros e as estrelas.
Entre pecados e crimes
Eu apenas escolhi
Amar e ser feliz

Como posso ser condenado
Por meros mortais?

Não sei se meu cansaço
Por vezes me faz
escrever bobagens

Só sei que falo o que sinto
No que penso.
E sinto e penso...

Que é evidente que te amo
Que sou feliz em declarar isto
E que apesar de não admitir
Por timidez ou vergonha...
Lá no fundo você sabe
Que meu amor lhe faz bem.

Beijos Lua

Ninho, versão Romeu
Tom, Franco
Conto: Amor Proibido

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