quinta-feira, 31 de maio de 2012

QUANDO A FÉ TORNA-SE PRODUTO.

O TER HUMANO.
O PRIMADO DO TER SOBRE O SER

Sempre que o Ter recebe a primazia ao invés do Ser
O humano entra em crise, torna-se desumano, sub humano.
Nossos sentimentos são expostos, e atrofiados.
Nossos limites são excedidos, testados e aprisionados.
Fidelidades, razões passageiras de um resto de ser qualquer.
Sofre-se, as dores são insuportáveis conduzem-nos a loucura.
As amizades não mais existem, são por conveniências e interesses.
Somos massificados, manipulados, e usurpam nosso direito a liberdade.
Novamente, somos banidos, iludidos, negociados igual a pó e cinza.
Não nos resta o primeiro Valor que nos fora atribuído através de sangue.
De sangue agora, são as lágrimas do ser afogado em seu orgulho.
Nossa fé em Deus evapora, nossa fé torna-se um vento passageiro.
Aparece de tempo em tempo, faz seu ciclo, e vai embora.
Nossa esperança uma gota no oceano e o fim é uma possibilidade.
Quando nos resta esperança entendemos que finalidade temos.
Qual é o rumo de nossas vidas em sua inevitável missão?
Porém, se evitamos o inevitável, o que nos resta é seguir sem rumo.
Sem direção seguimos a estrada tenebrosa da destruição.
Nosso destino, cemitério do desassossego, onde o medo impera.
Somos governados por nossa autossuficiência, o que não é ideal.
Afinal, somos enterrados em nosso velho ser doente.
Que ao deitar em pó e cinza, encontra sua condição de desalmado.
Sem riso, sem sabor e sem cor. A desgraça se faz, 
E seres nada humanos, perdem não só a vida, perdem-se de Deus.
Isso é o que acontece quando a fé torna-se produto.
E negociamos paraíso e felicidade por riquezas e misérias.
Não somos mais nós mesmos, miseráveis homens somos.



-Edson Alves.


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