domingo, 31 de dezembro de 2017

PALESTINA E O OUTRO LADO DA MOEDA



Uma guerra sem Deus

Antes de sermos "descendentes" do povo de Deus (Israel), somos discípulos de Jesus (que sofreu numa cruz como as vítimas desse mundo de terror).

O conflito entre israelenses e palestinos tem raízes bem antigas. Entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, uma migração em massa de judeus de vários países para a Palestina provocou uma mudança na demografia local. Majoritariamente árabe, a região - que até 1917 pertencia ao Império Otomano e depois, até 1948, foi um protetorado britânico - passou a ter uma população judaica cada vez maior.

Em 1947, a ONU pôs em prática um plano de divisão do território em duas partes: uma para os judeus e outra para os árabes. A insatisfação em torno do mapa definido pela ONU gerou uma guerra civil entre os dois povos.

Um dos principais pontos de discordância era a existência de projetos nacionalistas diferentes. Discordavam sobre o que seria uma Palestina independente: uma Palestina árabe ou um Israel judaico? São projetos nacionais que disputam o mesmo território, que desejam criar um tipo de comunidade política em que o outro projeto não está incluído.

Gaza e Cisjordânia se mantiveram sob ocupação estrangeira árabe até 1967, quando a Guerra dos Seis Dias, entre Israel e as nações vizinhas, resultou na ocupação israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia (incluindo a parte oriental de Jerusalém).

A partir daí, Israel assumiu uma política de colonização de Gaza e da Cisjordânia com judeus, por meio de assentamentos. Por vários anos, a ONU considerou a ocupação dos territórios palestinos ilegal e determinou que Israel retornasse às fronteiras pré-1967, o que tem sido ignorado pelo governo israelense. Essa guerra (de 1967) é o núcleo da problemática mais recente. É o empecilho da solução de dois Estados [Israel e Palestina].

Apenas em 2005, Israel decidiu retirar seus colonos e militares da Faixa de Gaza, entregando sua administração à Autoridade Nacional Palestina (ANP). Apesar disso, Israel continuou a controlar as fronteiras e o acesso marítimo a Gaza.
Na Cisjordânia, pouco mudou já que a política de assentamentos judaicos e a ocupação militar do território continuaram. Ainda hoje, grande parte desse território palestino tem sua administração civil e militar concentrada nas mãos de Israel.
Apesar da devolução de Gaza aos palestinos, o território passou a ser o principal foco de problema do conflito israelense-palestino, já que, em 2006, o Hamas, movimento fundamentalista islâmico, venceu as eleições parlamentares palestinas. Em seguida, o Hamas rompeu com o Fatah, organização política e militar palestina, tomando o controle de Gaza, enquanto seu rival político mantinha o controle sobre a Cisjordânia.

Visto como um grupo terrorista por Israel, pelos EUA e por países europeus, o Hamas sofreu uma série de sanções por parte desses países. O governo israelense ampliou a vigilância sobre Gaza, aumentando seu controle sobre as fronteiras e restringindo a circulação de produtos e pessoas entre os dois territórios. Desde então, houve uma série de confrontos abertos entre as duas partes: o governo israelense e o Hamas.

Além dos confrontos abertos que resultaram em centenas de mortes (na maioria, de palestinos), a relação entre israelenses e palestinos nas últimas décadas tem sido marcada por atentados, conflitos entre militares israelenses e civis palestinos, intifadas (revoltas populares) e tentativas frustradas de acordos de paz.

Entre os principais pontos de desacordo estão: 1) a divisão de Jerusalém, 2) a retirada dos colonos israelenses de terras palestinas, 3) o retorno de refugiados das guerras árabe-israelenses a suas antigas terras e 4) o reconhecimento da Palestina como Estado independente.

Nos últimos dias, tem-se acompanhado a intensificação do conflito na Faixa de Gaza. Até o momento, mais de 260 pessoas morreram e 2 mil ficaram feridas na sequência dos ataques iniciados em julho. A nova espiral de violência foi desencadeada após o sequestro e homicídio, em junho, de três jovens judeus na Cisjordânia (um ataque que Israel atribuiu ao Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza) seguido da morte de um jovem palestino queimado em Jerusalém por extremistas judeus. A partir daí, tiveram início os lançamentos de foguetes do Hamas e os bombardeios de Israel.

O linguista judeu, radicado nos EUA, Noam Chomsky ajuda a compreender a dor do momento: "Um bom retrato está disponível num relatório da UNRWA (a agência da ONU para refugiados palestinos). As crianças palestinas em Gaza sofrem imensamente. Uma vasta proporção é afetada pelo regime de desnutrição imposto pelo bloqueio israelense. A prevalência de anemia entre menores de dois anos é de 72,8%; os índices registrados de síndrome consuptiva, nanismo e subpeso são de 34,3%, 31,4% e 31,45%, respectivamente. E estão piorando. Quando Israel está em fase de 'bom comportamento', mais de duas crianças palestinas são mortas por semana – um padrão que se repete há 14 anos. As causas de fundo são a ocupação criminosa e os programas para reduzir a vida palestina a mera sobrevivência em Gaza. Enquanto isso, na Cisjordânia os palestinos são confinados em regiões inviáveis e Israel tomas as terras que quer, em completa violação do direito internacional e de resoluções explícitas do Conselho de Segurança da ONU – para não falar de decência."

O exército israelense, o quarto maior do mundo, mas o mais moderno e sofisticado do todos, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de "danos colaterais". Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam, aos milhares, os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.

Não há inocentes em nenhum dos lados. De Israel, um governo reacionário que entende como sua a terra e exclusivamente seu o direito, sem falar numa população que apoia ou cala cinicamente perante o terror perpetrado por seu governo; da Palestina, uma liderança extremista que tem como arma o terrorismo clássico onde gente simples vira moeda de troca sem muito valor, com muito sangue e horror.

Teologicamente, há quem pense em Israel como o legítimo filho da promessa; e nos Palestinos como bastardos que não têm os direitos a que hoje reclamam. Isso é equivocado. Ler a Bíblia sob essa ótica é reduzi-la e fazê-la dizer para o mundo contemporâneo verdades que estão circunscritas a um outro tempo. Anacronismo.
A perenidade da Bíblia está na sua capacidade de nos revelar o caráter de Deus: partidário dos que sofrem; solidário com os que morrem.

E, nesse pormenor, convém ler a história de Hagar (e seu filho bastardo!) e descobrir que foi Deus quem foi salvá-la da morte no deserto, depois de expulsa por Sara e Abrão (os pais legítimos!). Convém ler as histórias do Egito opressor, de onde Deus fizera libertar os israelitas; mas é preciso não se esquecer do mesmo Egito que foi refúgio para o pequeno Jesus e sua família quando Herodes os ameaçava de morte.

Não há lugares, povos e pessoas absolutas na Bíblia. Há, isso sim, a opção preferencial de Deus pelas vítimas que sofrem. Não importa seus nomes ou "de que lado estejam". Se há vítimas, Deus está com elas. Sofre com elas.

Eu creio assim: se hoje há um rosto para Deus no oriente médio, esse rosto é árabe-palestino, porque é aí que está o sofrimento. Mas não apenas aí.

Antes de sermos "descendentes" do povo de Deus (Israel), somos discípulos de Jesus (que sofreu numa cruz como as vítimas desse mundo de terror).

Como cristãos que ousamos acreditar num mundo de paz, creio devamos nos unir em torno de ideias de humanização desse nosso tempo. Um clamor - politicamente concreto junto a governos - pelo repúdio ao expansionismo violento e violador do direitos humanos por parte de Israel e do Hamas talvez seja um bom começo. Fato é que não há lado com razão; há pessoas morrendo inutilmente. Isso precisa de um basta.

Não creio que Deus esteja desse ou daquele lado; apenas chora cada criança que sofre. Está na cruz outra vez.

-Doutor Ricardo Lengruber.

DISCURSO SOBRE OS 70 ANOS DE ISRAEL



Discurso do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre 70 anos de Israel.
· Apenas 70 anos atrás! Os judeus foram levados ao matadouro como ovelhas.
· 60 anos atrás! Não tínhamos país. Nenhum exército.
· Sete países árabes declararam a guerra ao nosso pequeno estado judaico, apenas algumas horas após a sua criação!

· Nós éramos apenas 650 judeus, contra o resto do mundo árabe! NENHUM FID (Exército de Defesa de Israel).
Nenhuma força aérea poderosa, apenas pessoas corajosas com nenhum lugar para ir.
· Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Egito, Líbia, Arábia Saudita, todos nos atacaram ao mesmo tempo.
· O país que as Nações Unidas nos deram foi de 65% do deserto. O país estava no meio do nada

· 35 anos atrás! Lutamos contra os três exércitos mais poderosos do Oriente Médio, e nós os varremos ... sim ... em seis dias.

Nós lutamos contra várias coalizões de países árabes, que possuíam os exércitos modernos e muitas armas soviéticas, e sempre os derrotamos!

Hoje nós temos:
· Um país
· Um exército
· Uma poderosa força aérea *
· Uma economia de estado-da-arte que exporta milhões de dólares.
· Intel - Microsoft - A IBM desenvolve produtos em casa
· Nossos médicos recebem prêmios por pesquisa médica *

Nós fizemos o deserto florescer, e vender laranjas, flores e vegetais em todo o mundo.

Israel enviou seus próprios satélites para o espaço! Três satélites ao mesmo tempo!

Estamos orgulhosos de estar no mesmo ranking que:

· Estados Unidos, que tem 250 milhões de habitantes,
· A Rússia, que tem 200 milhões de habitantes

· A China, que possui 1,3 bilhão de habitantes

· Europa - França, Grã-Bretanha, Alemanha - com 350 milhões de habitantes ..

· Um dos poucos países do mundo a enviar objetos para o espaço! Israel é agora parte da família das potências nucleares, com os Estados Unidos, Rússia, China, Índia, França e Grã-Bretanha.

Nunca admitimos oficialmente, mas todos sabem, que apenas a 60 anos atrás, fomos levados, envergonhados e sem esperança, para morrermos no deserto!

Nós extirpamos as ruínas fumegantes da Europa, ganhamos nossas guerras aqui com menos do que nada. Nós construímos nosso pequeno "Império" do nada.

Quem é o Hamas para nos assustar? Vocês me fazem rir!

A Páscoa foi celebrada; Não esqueçamos sobre o que a páscoa trata.

> Nós sobrevivemos ao Faraó.
> Nós sobrevivemos aos gregos.
> Sobrevivemos aos romanos.
> Sobreviveu à inquisição na Espanha.
> Temos os pogroms na Rússia.
> Sobreviveu a Hitler.
> Sobrevivemos aos alemães.
> Sobreviveu ao Holocausto.
> Sobrevivemos aos exércitos de sete países árabes.
> Sobreviveu a Saddam.
> Continuaremos a sobreviver aos inimigos presentes hoje também.

Pense em qualquer momento da história humana! Pense nisso! Para o povo judeu, a situação nunca foi melhor! Então vamos enfrentar o mundo.

Lembre-se: todas as nações ou culturas que uma vez tentaram nos destruir, já não existem hoje - enquanto nós, ainda vivemos!

· Os egípcios?
· Os gregos?
· Alexandre da Macedônia?
· Os romanos? (Alguém ainda fala latino estes dias?)
· O Terceiro Reich?

E olhe para nós:

> A Nação da Bíblia.
> Os escravos do Egito.

Ainda estamos aqui.

E nós falamos o mesmo idioma! Antes e agora! Os árabes ainda não sabem, mas aprenderão que há um Deus ... enquanto conservarmos nossa identidade, sobreviveremos.

Então, perdoe-nos:

* por não nos preocuparmos.
* Não chorarmos.
* Não termos medo.
As coisas estão bem por aqui. Certamente poderiam melhorar.

No entanto: Não acredite na mídia, eles não dizem que nossas festas continuam a acontecer, que as pessoas continuam a viver, que as pessoas continuam saindo, que as pessoas continuam a ver amigos.

Sim, nossa moral é baixa. E daí? Somente porque choramos nossas mortes, enquanto outros se regozijam em derramar nosso sangue?. É por isso que vamos vencer, no final.

1. Levanto meus olhos para os montes e questiono: de onde me virá o socorro?

2. O socorro virá do meu SENHOR, o Criador dos céus e da terra!

3. Ele não deixará que teus pés vacilem; não pestaneja Aquele que te guarda.

4. Certamente não! De maneira alguma cochila nem dormita o guarda de Israel.

5. O Eterno é o teu protetor diuturno; como sombra que te guarda, Ele está à tua direita.

6. Não te molestará o sol, durante o dia, nem de noite, a lua.

7. O SENHOR te guardará de todo o mal, Ele protegerá a tua vida!

8. Estarás sob a proteção do SENHOR, ao saíres e ao voltares, desde agora e para todo o sempre! ( Salmo 121)

MOISÉS E O DESERTO 🌵:

**Moisés e o Povo no Deserto** Em terras de Faraó, ergue-se Moisés, Escolhido por Deus para liderar de vez. Com cajado em mãos e fé no coraç...