🕊️ O Coração, o Prato e o Rei: Um Cântico à Alma que Tem Sede de Deus
(Inspirado nos ventos eternos da sabedoria de Rumi, Gibran, Salomão e do Verbo que se fez carne)
Não vendas tua herança por um prato quente.
Pois o calor da lentilha passa,
mas o frio da ausência de propósito dura gerações.
Esaú, com fome nos ossos e névoa no juízo,
trocou eternidade por urgência,
como tantos que hoje negociam princípios
na banca dos apressados.
Fome…
Fome é espada de dois gumes:
revela a fraqueza de quem só vive de pão,
mas também o poder de quem escolhe a Palavra.
Daniel recusou manjares, não por capricho,
mas por sabedoria.
Ele sabia:
nem todo banquete é bênção.
Às vezes, a mesa do rei é um altar ao ego.
Ele disse “não” com o estômago,
mas “sim” com o espírito.
Porque quem se enche da Presença
não precisa se empanturrar de aparência.
Cuidado com o ouro que reluz, mas carrega lepra.
Geazi, servo do profeta, trocou a unção por trinta moedas sujas,
e herdou a doença de Naamã sem sequer ter enfrentado a guerra.
Há líderes com coroas ocas,
que oferecem tesouros malditos,
cobiçados por tolos, rejeitados por justos.
Quem toca no que Deus já vomitou,
embriaga-se de perdição.
Pois onde estiver o teu coração, ali estará o teu tesouro.
Mas cuidado: há corações escondidos em bolsos,
em likes, em púlpitos,
em corpos que jamais conheceram o toque de Deus.
Preserva teu coração,
pois dele procedem as saídas da vida,
os mapas do céu,
e os rios que lavam a alma cansada.
Aprende a amar com o coração,
não com a carência.
Pois a carência vende barato,
mas o amor guarda o valor.
Sejas como Davi — homem segundo o coração de Deus,
não porque era perfeito,
mas porque sabia chorar,
sabia se despir do trono,
sabia dizer: “Pequei”,
e ainda assim, compor salmos no vale.
Suas mãos eram limpas porque sabiam levantar caídos.
Seu coração era puro porque sangrava por justiça.
Não aceites migalhas de quem tenta destruir tuas reservas.
Há pessoas que têm fome de te ver quebrado,
porque só assim se sentem inteiras.
Fuja delas.
Silencie.
Construa celeiros longe dos olhos famintos por tua queda.
Pois as migalhas que oferecem são restos de vaidade,
e seu pão está cheio de fermento de hipocrisia.
Resista à sedução do mal.
O mal é paciente —
sorri enquanto planta espinhos em tua mesa.
Mas tu foste chamado para resistir até o sangue.
Foge das más conversações:
elas não matam de imediato,
mas apodrecem as raízes da fé.
E quando a tentação vier com voz doce e pele de anjo,
lembra:
nem toda porta aberta foi destrancada por Deus.
Algumas são armadilhas disfarçadas de destino.
Vence o maligno com firmeza, não com força.
Com pureza, não com performance.
Com fidelidade no deserto,
e não apenas canções nos palácios.
E por fim, alma aflita,
lembra-te:
o coração é terra sagrada.
Quem anda com o Senhor deve calçar os pés com reverência,
como Moisés no monte.
Pois Deus não habita em mansões de ouro,
mas em corações quebrantados.
A fome pode visitar tua casa,
mas não deve assentar-se no trono.
Negociar a promessa por alívio momentâneo
é o erro de muitos…
Mas tu, escolhido,
tu sabes que há um pão que não mofa,
uma água que não seca,
e um Reino que não passa.
E este Reino começa…
no silêncio do coração que decide não se contaminar.
🕊️
Escrito para almas que ardem, mas não se consomem.
Por aquele que entende a dor, mas vive pela verdade.
Com mãos que constroem impérios, mas olhos fixos no Céu.
Se quiser, posso transformar este texto em vídeo poético com trilha, ou adaptá-lo para voz narrativa e visual de reels/story, com legendas dinâmicas. Deseja isso também?
Autor ✍🏽: - Edson Alves ( @juninhogead )
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